Artigos




ATENÇÃO MULTIPROFISSIONAL E O ACONSELHAMENTO A NÃO AMAMENTAÇÃO POR MÃES PORTADORAS DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA

Lucas Xavier de Souza; Nádia Ramos Silva


INTRODUÇÃO: A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo vírus HIV. No Brasil e no mundo, a infecção pelo HIV entre as mulheres em idade reprodutiva vem aumentando, trazendo como consequência um grande problema: a transmissão desse vírus para as crianças. OBJETIVO: Mostrar a importância do aconselhamento multiprofissional para a mulher portadora do HIV na amamentação.METODOLOGIA: O estudo é uma revisão literária sistemática realizada através da meta-pesquisa no portal BVS, que agrega artigos indexados em bases científicas de dados como LILACS, IBCS, MEDLINE, COCHERONE E SCIELO. Foram encontrados 35 artigos que abrangem a temática. Elencaram-se apenas os artigos eleitos mediante uso dos descritores “HIV”, “amamentação” e “saúde infantil”, nesta ordem de citação, publicados entre 1998 e2011, sem exigência de demais critérios seletivos. A referida pesquisa aconteceu entre os meses de abril e maio de 2012. RESULTADOS: A transmissão vertical do HIV (de mãe para filho) pode ocorrer durante a gestação, no trabalho de parto, no parto propriamente dito, e pela amamentação. ² Atribui-se ao aleitamento materno a prevenção de mais de 6 milhões de mortes em crianças menores de 12 meses a cada ano. Se a amamentação ótima (exclusiva até 4-6 meses e parcial até o final do primeiro ano de vida) fosse praticada universalmente, mais 2 milhões de mortes (de um total de 9 milhões) poderiam ser evitadas. Vários estudos têm mostrado o efeito protetor do leite materno contra a mortalidade infantil, especialmente nos países em desenvolvimento. ³Apesar de todas as vantagens descritas sobre a superioridade inigualável do aleitamento materno para recém-nascidos, e do incentivo dado à sua adoção, sua prática em recém-nascidos filhos de mães infectadas  vem sendo desaconselhada, tanto em países em desenvolvimento como nos desenvolvidos. Isto se deve ao fato do Vírus da Imunodeficiência Humana – HIV no leite humano já ter sido comprovada, bem como a sua infectividade. CONCLUSÃO: A recomendação de não amamentação pode mobilizar angústia na mãe portadora de HIV/AIDS. A mãe também pode se deparar com sentimentos de medo e culpa de que o bebê seja infectado e não sobreviva à doença, sem falar no medo de sua própria morte e, por consequência, o temor pelo futuro da criança. O Ministério da Saúde preconiza que os profissionais da saúde, ao revelarem o diagnóstico do HIV, especialmente quando positivo, ofereçam apoio emocional e orientações que ajudem a amenizar a ansiedade e esclarecer as dúvidas.

Descritores: HIV; Amamentação; Saúde infantil

GARCIA, R.W.D; QUINTARES, K. D; MERHI, V. A. L. Nutrição e AIDS. Rev. Ciên. Med. Campinas, São Paulo, 2000. Disponível em: <http://www.puc-campinas.edu.br/centros/ccv/revcienciasmedicas/artigos/583.pdf> Acesso em 08 de maio de 2012
GIUGLIANI, Elsa R. J. Amamentação como e por que promover. Jornal de Pediatria, 1994. Disponível em: < http://www.jped.com.br/conteudo/94-70-03-138/port.pdf> Acesso em 08 de maio de 2012.
BRASIL, Ministério da Saúde. Aleitamento X mulheres infectadas pelo HIV. Brasília, 1995. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/aleitamento_hiv.pdf> Acesso em 08 de maio de 2012.
ARAÚJO, M. A. L; SILVEIRA, C. B; SILVEIRA, C.B; MELO, S. P. Vivência de gestantes e puérperas com diagnóstico de HIV. Rev. Bras. de Enfermagem, Brasília, 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reben/v61n5/a10v61n5.pdf> Acesso em 09 d maio de 2012.
BRASIL, Ministério da Saúde. O que é AIDS?. 2012. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pagina/aids> Acesso em 09 de maio de 2012.
RIGONI, Evelise; PEREIRA, E. O. S; CARVALHO, F. T; PICCININI, C. A. Sentimentos de mães portadoras de HIV/AIDS em relação ao tratamento preventivo do bebê. Psico-UFS, 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicousf/v13n1/v13n1a10.pdf> Acesso em 09 de maio de 2012.



ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL A ADOLESCENTES PORTADORAS DE TRANSTORNOS ALIMENTARES.
         Nádia Ramos Silva


INTRODUÇÃO: De uma forma geral, consideramos os transtornos alimentares como um conjunto de síndromes cuja característica central é a relação anormal do sujeito com sua alimentação (SCHMIDT, MATA, 2008). METODOLOGIA: O trabalho foi realizado por meio de revisão bibliográfica com inclusão de estudos descritivos relevantes, realizados a partir de um levantamento de artigos científicos. Estes foram pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde utilixando como fontes e indexadas as bases científicas SCIELLO e MINISTÉRIO DA SAÚDE.    RESULTADOS: O transtorno alimentar (TA) mais comum entre os adolescentes, a anorexia nervosa (AN) é uma séria condição psiquiátrica, com consequências potencialmente fatais (Fleitlich et al, 2000). Sua condição é extremamente perigosa, pois as pessoas acometidas se privam intencionalmente de alimentos e podem literalmente morrer numa tentativa doentia de manter-se como o que consideram “magras”. Existem dois tipos de AN, uma restritiva alimentar e outra onde há ingestão de grande quantidade de alimentos com eliminação imediata (e provocada) dos mesmos (bulimarexia). Em ambos os casos os doentes possuem ideia fixa em relação aos alimentos, mas não se permitem comer normalmente em decorrência do medo intenso de ganhar peso.  (GAMBOA, 2006). CONCLUSÃONa anorexia, a reintrodução dos alimentos deve ser gradativa; muitas vezes é necessária a internação hospitalar para que a oferta de calorias seja controlada por nutricionista; não há medicação específica para esses transtornos. O tratamento exige o acompanhamento de equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos e nutricionistas. Não se conhecem métodos eficazes de prevenção – seria necessário um empenho da sociedade na mudança de certos valores estéticos ligados ao culto do corpo e à magreza (BRASIL, 2004).

Descritores: Transtorno alimentar; assistência multiprofissional; adolescência.

BRASIL, Ministério da Saúde. Anorexia e Bulimia. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/66anorex_bulimia.html> Acesso em: 06 de Fevereiro de 2012.
FLEITLICH et al. Anorexia nervosa na adolescência. Jornal de Pediatria. Rio de Janeiro. 2000. Disponível em: < http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-S323/port.pdf>. Acesso em 06 de Fevereiro de 2012.
GAMBOA, Taisa. Anorexia X Antidepressivos. Disponível em: < http://www.olharvital.ufrj.br/2006/index.php?id_edicao=041&codigo=3>. Acesso em: 06 de Fevereiro de 2012.
SCHMIDT, Eder; MATA, Gustavo Ferreira da. Anorexia nervosa: Uma revisão. Fractal, Rev. Psicol. vol.20 no.2 Rio de Janeiro Jul/Dez. 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922008000200006>  Acesso em 06 de Fevereiro de 2012.